MENINA DE 9 ANOS PULOU DE SACADA PARA FUGIR DE PADRASTO QUE MATOU MÃE E IRMÃ EM RONDA ALTA
A morte de três pessoas — mãe e filha esfaqueadas pelo padrasto que se suicidou — em Ronda Alta, nesta segunda-feira (21), poderia ter tido uma quarta vítima: uma menina de nove anos que pulou da sacada para fugir das agressões.
Filha de Leobaldina Rocha Lyrio, 41 anos, a criança saltou da sacada do primeiro andar do prédio e conseguiu escapar da cena do crime que chocou o município de 9,8 mil habitantes do norte gaúcho.
Depois de pular do prédio, a menina foi encaminhada pela Brigada Militar ao Hospital do Trabalhador de Ronda Alta e está em segurança na casa de amigos da família. Ela não se feriu na queda, disseram familiares.
A criança relatou à Brigada Militar que o casal começou a discutir e uma das filhas, Diênifer Rauani Lyrio Gonçalves, 14, foi atingida por golpes de faca ao tentar apartar a briga. Leobaldina e Diênifer foram encontradas mortas no local.
O companheiro de Leobaldina e padrasto de Diênifer, Juliano Henn, 49 anos, também foi encontrado morto. A hipótese da Polícia Civil é que ele tenha se suicidado.
Sem histórico de violência
Conforme a Brigada Militar, não havia registro e histórico de violência entre o casal.
Vizinhos receberam a notícia com surpresa: um morador da Rua Quinze de Novembro, bairro Santa Helena, onde ocorreu o crime, relatou que o casal era bem visto na comunidade e nunca se imaginou que algo parecido pudesse acontecer com aquela família.
— Aqui o bairro é tranquilo e moram pessoas boas. A gente não tinha nenhuma queixa do casal, eles viviam tranquilos. Ela era trabalhadora: ia às vezes até as 21h, bem dedicada. E o marido vinha direto aqui, era nosso cliente há uns 10 anos — relatou o empresário Marcos Turra, que tem uma chapeação no local há mais de 40 anos.
O casal morava no local desde dezembro de 2024 e estava junto há pelo menos um ano.
Os atos de despedida serão conduzidos pela Funerária Nossa Senhora Aparecida, em Ronda Alta. As informações de velório e sepultamento não foram divulgadas até o momento.
Fonte: GZH