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EL NIÑO DEVE DURAR ATÉ ABRIL DE 2024, DIZ ONU

O fenômeno meteorológico El Niño durará até abril de 2024, indicou a ONU, anunciando um aumento das temperaturas em 2024. De acordo com o boletim da Organização Meteorológica Mundial (OMM) publicado esta terça-feira (08), há 90% de probabilidade de que este fenômeno cíclico do Pacífico persista até abril de 2024. É também muito provável que “no seu pico, adquira valores correspondentes para um episódio intenso “.

Em setembro, “a temperatura da superfície do mar na zona centro-leste do Pacífico equatorial apresentou magnitudes moderadas”, explica a organização, que salienta que as “temperaturas subsuperficiais do Pacífico equatorial oriental” foram “muito superiores à média .”

Segundo a organização, têm sido registados “aumentos constantes da temperatura da superfície do mar” nos últimos quatro meses e “são esperados novos aumentos (embora mais fracos) destas temperaturas nos próximos meses, dependendo da intensidade e da natureza das alterações atmosférico-oceânicas”.

Segundo os especialistas, “com base nos padrões observados em episódios anteriores e nas previsões atuais de longo prazo, espera-se que o episódio perca gradualmente força durante a próxima primavera no hemisfério norte”. Além disso, a probabilidade de um efeito de arrefecimento devido a um episódio de La Niña é quase inexistente.

— O próximo ano poderá ser ainda mais quente. As crescentes concentrações de gases com efeito de estufa resultantes da actividade humana que captam calor na atmosfera contribuem de forma clara e inequívoca para este aumento das temperaturas — declarou o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas, citado no comunicado.

— Eventos extremos como ondas de calor, secas, incêndios florestais, fortes chuvas e inundações irão intensificar-se em algumas regiões, com impactos significativos — acrescentou.

O fenômeno no Brasil

O El Niño altera a formação de chuvas, a circulação dos ventos e a temperatura de formas diferentes, de acordo com as regiões do país. No Rio Grande do Sul, um dos efeitos do fenômeno foi o aumento no volume e frequência da chuva, a exemplo do que aconteceu no Vale do Taquari em setembro. Nos meses de setembro e outubro, a maioria das regiões do Estado registraram chuva acima da média.


Fonte: GZH