BACIAS HIDROGRÁFICAS DO RS REGISTRAM CHEIA; GOVERNO FEDERAL EMITE ALERTA DE INUNDAÇÃO DO RIO URUGUAI
O Serviço Geológico do Brasil (CPRM), vinculado ao governo federal, está com alertas ativos para todas as bacias hidrográficas localizadas no Rio Grande do Sul. A situação mais preocupante é no Rio Uruguai, que apresenta cota de inundação, deixando dezenas de pessoas desabrigadas e desalojadas na região da Fronteira Oeste, e segue subindo de nível.
Segundo Pedro Camargo, hidrólogo da Sala de Situação do governo do Estado, os maiores problemas estão nas regiões da Fronteira Oeste e da Campanha. Nas estações hidrometeorológicas de São Borja, Itaqui e Uruguaiana, o nível do rio está acima da cota de inundação e segue em lenta elevação.
O caso mais crítico é em São Borja, onde, no final da tarde desta segunda-feira (11), a medição apontou uma altura da água de 10m57cm. Em Alegrete, o Rio Ibirapuitã também segue acima da cota de inundação, com 10m56cm, mas está, atualmente, em situação de declínio do nível.
Na mesmo região do Estado, em situação um pouco menos grave, está o Rio Santa Maria, que deságua no Ibiqui. Nas três estações existentes nessa área, a altura da água permanece em elevação, mas a previsão é de que se estabilize. O problema é a perspectiva de novas chuvas.
— Com a previsão de chuva dessa semana, a tendência é de que esses rios voltem a subir, e, agora, eles estão em níveis mais altos. Mesmo que entrem em declínio, já estarão em um nível mais alto quando começarem a apresentar a resposta dessas chuvas. Por isso, a tendência é de que em Alegrete, em Santa Maria, em Rosário do Sul e em Dom Pedrito se ultrapasse a cota de inundação, por conta dos elevados volumes de chuva previstos nessa região — explica Camargo.
Como Dom Pedrito fica mais próximo da cabeceira do Rio Santa Maria, é lá que deve ser sentido primeiro o efeito do novo aguaceiro. Depois, o impacto deve acontecer em Rosário do Sul.
A categoria “cota de inundação” é a segunda mais grave, no sistema de alertas criado pelo CPRM, e já pressupõe danos no município – só não é pior do que a “cota de inundação severa”, na qual há registro de transtornos severos.